There are more things in heaven and earth than are dreamt of in your philosophy – já dizia Shakespeare. É mais
do que eu posso ver, mas eu quase posso sentir. Apesar de ter sido batizada, catequizada
e crismada, criada sob preceitos católicos, talvez a cultura africana que corre
em minhas veias nunca morreu. Não é tão simples quanto céu e inferno, quanto
pecado e confissão. Você pode obter o que quiser, não existe bem e mal. Segundo
algumas crenças de origem africana (creio eu que essa é a origem), os espíritos
estão ali, neutros, prontos para te ouvir e te atender. A pergunta é uma só:
você sabe que isso voltará em algum momento, demore o tempo que for, para você
mesmo? Se a resposta for sim... que sua vontade seja feita. Religiosidades à
parte, eu falo em energia, em ondas que vibram na mesma frequência, o clichê “você
atrai o que transmite”. Não existe amor construído sobre mágoa, nem alegria que
se sustente em lágrimas desesperadas e tampouco vida sobre morte. O contrário também
vale. Parece-me simples perceber o erro, que grita o mais forte que seus pulmões
cinzas são capazes de suportar, ecoando sofrimentos que dilaceram corações,
talvez mais do que possam aguentar. Não é apenas sua vida que será impactada: é
como um redemoinho que sugará todos ao seu redor para o mesmo buraco. Não
adianta tentar nadar para fora, existe apenas uma forma de escapar: busque o
bem, pratique o amor, se arrependa verdadeiramente do mal e livre-se da culpa.
E hoje eu percebo: não é que estamos afastados ou ausentes, e sim que vibramos
em diferentes frequências. Que o meu Deus (digo meu porque para mim não é um
velho barbudo, nem um jovem que parece Tiradentes, mas uma grande bola de luz e
energia boa, como um Sol, que esquenta, conforta e ilumina, alguém que não
julga nem castiga, mas acolhe e abençoa) esteja com vocês.
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