quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Entre o céu e o inferno


There are more things in heaven and earth than are dreamt of in your philosophy – já dizia Shakespeare. É mais do que eu posso ver, mas eu quase posso sentir. Apesar de ter sido batizada, catequizada e crismada, criada sob preceitos católicos, talvez a cultura africana que corre em minhas veias nunca morreu. Não é tão simples quanto céu e inferno, quanto pecado e confissão. Você pode obter o que quiser, não existe bem e mal. Segundo algumas crenças de origem africana (creio eu que essa é a origem), os espíritos estão ali, neutros, prontos para te ouvir e te atender. A pergunta é uma só: você sabe que isso voltará em algum momento, demore o tempo que for, para você mesmo? Se a resposta for sim... que sua vontade seja feita. Religiosidades à parte, eu falo em energia, em ondas que vibram na mesma frequência, o clichê “você atrai o que transmite”. Não existe amor construído sobre mágoa, nem alegria que se sustente em lágrimas desesperadas e tampouco vida sobre morte. O contrário também vale. Parece-me simples perceber o erro, que grita o mais forte que seus pulmões cinzas são capazes de suportar, ecoando sofrimentos que dilaceram corações, talvez mais do que possam aguentar. Não é apenas sua vida que será impactada: é como um redemoinho que sugará todos ao seu redor para o mesmo buraco. Não adianta tentar nadar para fora, existe apenas uma forma de escapar: busque o bem, pratique o amor, se arrependa verdadeiramente do mal e livre-se da culpa. E hoje eu percebo: não é que estamos afastados ou ausentes, e sim que vibramos em diferentes frequências. Que o meu Deus (digo meu porque para mim não é um velho barbudo, nem um jovem que parece Tiradentes, mas uma grande bola de luz e energia boa, como um Sol, que esquenta, conforta e ilumina, alguém que não julga nem castiga, mas acolhe e abençoa) esteja com vocês.

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